Os projetos de software livre baseados em comunidade dependem da entrada constante de novatos para a sua sobrevivência. Entretanto, ao tentarem fazer sua primeira contribuição, eles acabam enfrentando diversas barreiras, que podem inclusive acarretar em desistências. Como apoiar os novatos nessa primeira contribuição para que a comunidade permaneça ativa?
Foi a partir dessa problematização que Igor Fabio Steinmacher, sob orientação do Prof. Dr. Marco Aurélio Gerosa, desenvolveu sua pesquisa de doutorado defendida na última quinta-feira (26/02) no IME – USP.
O objetivo da tese, intitulada Supporting Newcomers to Overcome the Barriers to Contribute to Open Source Software Projects, foi identificar e compreender as barreiras que os novatos enfrentam, e apresentar estratégias que pudessem amenizá-las.
Para identificar as barreiras, Steinmacher entrevistou desenvolvedores de software livre, colheu depoimentos de novatos e realizou uma extensa pesquisa bibliográfica. O resultado desse levantamento foi a criação de um modelo conceitual preliminar composto por 58 barreiras agrupadas em seis categorias: diferenças culturais, características dos novatos, problemas de recepção, orientação dos novatos, obstáculos técnicos, e problemas de documentação.
Com base neste modelo, foi desenvolvido o FLOSScoach, um portal de apoio para quem está interessado em dar a sua primeira contribuição, mas não sabe muito bem por onde começar.